terça-feira, 15 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
MOV (Movimento Oeiras Vive) - Contexto
Segundo dados de um estudo recente da Eurosondagem, 77% dos portugueses não se revê nos actuais partidos políticos nem acredita na política partidária. 73% de entre estes cépticos considera que a política partidária se move por interesses particulares e não por interesses nacionais, e 80% entende que deveria ser possível a candidatura de independentes nas legislativas.
Nas eleições presidenciais de 2011 a abstenção atingiu o valor recorde de 53,48% e nas legislativas de 2009 chegou aos 40,26%. Em paralelo, Portugal soma cerca de 668 mil desempregados, contando quem não se deslocou aos centros de emprego para inquérito e que, por isso, foi catalogado como inactivo. É este o número que melhor mede as consequências sociais da crise económica e financeira em Portugal.
200 mil dos desempregados têm menos de 34 anos - um terço dos quais licenciados, segundo números oficiais. 1,5 Milhão está em situação precária ou intermitente, sem protecção social e em situação de precariedade. 500 Euros é o ordenado médio desta geração, independentemente do mérito, da experiência ou das habilitações académicas. Mas a precariedade é transversal a várias gerações. Entre os mais velhos, um processo de desemprego significa ser novo demais para deixar o emprego e velho demais para voltar ao circuito do mercado de trabalho. Contudo, o problema não passa apenas pela falta de emprego, mas pela exploração determinada da força de trabalho; dos trabalhadores.
Cada vez menos os portugueses se revêem no actual modelo político, assente nos partidos e nos políticos de carreira - um modelo caduco com mais de 200 anos, herdado da revolução francesa. A representatividade está em risco e a desesperança no futuro angustia as pessoas tanto ou mais do que as dificuldades quotidianas e tangíveis que hoje atravessam. A contaminação desta falta de fé, juntamente com o desemprego em massa e a precariedade, alimentam mais o medo do que a vontade de lutar.
O sentimento generalizado de que o sistema político vigente está falido ganha consubstanciação entre a população, que não se revê nem nos governantes nem na oposição. O voto perde significado e a classe política apresenta-se muitas vezes desligada da realidade do crescente eleitorado descontente. Nisto, a Segunda República Portuguesa continua a apresentar, em 37 anos, os mesmos intervenientes políticos desde o 25 de Abril de 1974, num País estrangulado numa geração – a melhor preparada de sempre - sem perspectivas de mobilidade social, de ascensão de carreira, de melhoria salarial e sequer de emprego.
A gestão do ensino e da formação são movidos por interesses descontextualizados do mercado de trabalho. Muitas empresas vivem dos estagiários, sem intenção de contratar, e o Estado não dá o exemplo. Uma sociedade que desperdiça a sua geração qualificada em troca de ganhos a curto prazo põe em causa o futuro, mas é neste viciado e difícil contexto que grassa também, entre a dita geração, a indignação e uma nova vaga de intervencionismo político com prioridades opostas - por vezes antagónicas - àquelas que vêm sendo aplicadas. Com uma agenda fracturante quanto às políticas levadas a cabo no passado, constata-se, País fora, uma nova tomada de consciência: já não basta ao povo estar desperto e discutir as soluções que outros formulam para os seus problemas – há que partir da sociedade civil para o combate político, sob a forma de movimentos cívicos organizados local e regionalmente.
É por isso que nós, cidadãos que lutam por um Portugal honesto, justo e mais participativo, percebendo não haver alternativa senão intervir politicamente, da e para a sociedade civil, das e pelas pessoas, e renunciando a interesses outros que não os da população, nos propomos jogar o jogo político, ganhá-lo e então mudá-lo. Por dentro.
Nas eleições presidenciais de 2011 a abstenção atingiu o valor recorde de 53,48% e nas legislativas de 2009 chegou aos 40,26%. Em paralelo, Portugal soma cerca de 668 mil desempregados, contando quem não se deslocou aos centros de emprego para inquérito e que, por isso, foi catalogado como inactivo. É este o número que melhor mede as consequências sociais da crise económica e financeira em Portugal.
200 mil dos desempregados têm menos de 34 anos - um terço dos quais licenciados, segundo números oficiais. 1,5 Milhão está em situação precária ou intermitente, sem protecção social e em situação de precariedade. 500 Euros é o ordenado médio desta geração, independentemente do mérito, da experiência ou das habilitações académicas. Mas a precariedade é transversal a várias gerações. Entre os mais velhos, um processo de desemprego significa ser novo demais para deixar o emprego e velho demais para voltar ao circuito do mercado de trabalho. Contudo, o problema não passa apenas pela falta de emprego, mas pela exploração determinada da força de trabalho; dos trabalhadores.
Cada vez menos os portugueses se revêem no actual modelo político, assente nos partidos e nos políticos de carreira - um modelo caduco com mais de 200 anos, herdado da revolução francesa. A representatividade está em risco e a desesperança no futuro angustia as pessoas tanto ou mais do que as dificuldades quotidianas e tangíveis que hoje atravessam. A contaminação desta falta de fé, juntamente com o desemprego em massa e a precariedade, alimentam mais o medo do que a vontade de lutar.
O sentimento generalizado de que o sistema político vigente está falido ganha consubstanciação entre a população, que não se revê nem nos governantes nem na oposição. O voto perde significado e a classe política apresenta-se muitas vezes desligada da realidade do crescente eleitorado descontente. Nisto, a Segunda República Portuguesa continua a apresentar, em 37 anos, os mesmos intervenientes políticos desde o 25 de Abril de 1974, num País estrangulado numa geração – a melhor preparada de sempre - sem perspectivas de mobilidade social, de ascensão de carreira, de melhoria salarial e sequer de emprego.
A gestão do ensino e da formação são movidos por interesses descontextualizados do mercado de trabalho. Muitas empresas vivem dos estagiários, sem intenção de contratar, e o Estado não dá o exemplo. Uma sociedade que desperdiça a sua geração qualificada em troca de ganhos a curto prazo põe em causa o futuro, mas é neste viciado e difícil contexto que grassa também, entre a dita geração, a indignação e uma nova vaga de intervencionismo político com prioridades opostas - por vezes antagónicas - àquelas que vêm sendo aplicadas. Com uma agenda fracturante quanto às políticas levadas a cabo no passado, constata-se, País fora, uma nova tomada de consciência: já não basta ao povo estar desperto e discutir as soluções que outros formulam para os seus problemas – há que partir da sociedade civil para o combate político, sob a forma de movimentos cívicos organizados local e regionalmente.
É por isso que nós, cidadãos que lutam por um Portugal honesto, justo e mais participativo, percebendo não haver alternativa senão intervir politicamente, da e para a sociedade civil, das e pelas pessoas, e renunciando a interesses outros que não os da população, nos propomos jogar o jogo político, ganhá-lo e então mudá-lo. Por dentro.
MOV - Carta de intenções
A Carta de Intenções do movimento cívico MOV traça as suas principais linhas de actuação.
1. O MOV é um movimento cívico com génese na freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo em Junho de 2010 e visa contribuir, através da intervenção cívica, para o aprofundamento da democracia participativa inscrita no artigo 2.º da Constituição da República, para a renovação geral da vida democrática no concelho de Oeiras e para o cumprimento das metas morais e sociais da Constituição. Consideram-se essenciais os direitos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, nomeadamente a liberdade de expressão, de associação e a abolição de todas as discriminações, entre as quais as que tenham como base sexo, etnia, cor, religião ou orientação sexual.
2. O MOV defende a igualdade de oportunidades, por uma sociedade justa, regulada pelo mérito, onde todos possam exercer livremente os seus talentos e desenvolver o seu potencial, livres de coerção, num ambiente solidário e de respeito entre indivíduos.
3. O MOV é um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em partidos políticos.
4. O MOV não pretende constituir-se em partido político. É um espaço de cidadania do qual poderão beneficiar as instituições democráticas.
5. O MOV promoverá debates sobre temas relevantes de âmbito local, regional e nacional, e dinamizará a realização de petições, acções populares e iniciativas legislativas de cidadãos, com vista à concretização dos seus objectivos.
6. O MOV propõe-se projectar as suas actividades e iniciativas no espaço público da cidadania, incluindo os meios de comunicação social e, muito especialmente, as novas tecnologias de informação.
7. O MOV aceita a adesão individual e voluntária de cidadãs e cidadãos que concordem com os seus objectivos e princípios.
8. O MOV organiza-se em rede através de núcleos encabeçados por coordenadores. Os grupos de trabalho, ou núcleos, são constituídos por cidadãs e cidadãos que voluntariamente os constituam tendo em vista a participação e a promoção de iniciativas que se enquadrem nos objectivos do movimento.
9. As actividades de coordenação do MOV são desenvolvidas por uma Comissão Coordenadora constituída voluntariamente por membros do movimento.
10. O MOV defende a total transparência do hipotético financiamento das suas actividades como garantia de independência e integridade
1. O MOV é um movimento cívico com génese na freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo em Junho de 2010 e visa contribuir, através da intervenção cívica, para o aprofundamento da democracia participativa inscrita no artigo 2.º da Constituição da República, para a renovação geral da vida democrática no concelho de Oeiras e para o cumprimento das metas morais e sociais da Constituição. Consideram-se essenciais os direitos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, nomeadamente a liberdade de expressão, de associação e a abolição de todas as discriminações, entre as quais as que tenham como base sexo, etnia, cor, religião ou orientação sexual.
2. O MOV defende a igualdade de oportunidades, por uma sociedade justa, regulada pelo mérito, onde todos possam exercer livremente os seus talentos e desenvolver o seu potencial, livres de coerção, num ambiente solidário e de respeito entre indivíduos.
3. O MOV é um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em partidos políticos.
4. O MOV não pretende constituir-se em partido político. É um espaço de cidadania do qual poderão beneficiar as instituições democráticas.
5. O MOV promoverá debates sobre temas relevantes de âmbito local, regional e nacional, e dinamizará a realização de petições, acções populares e iniciativas legislativas de cidadãos, com vista à concretização dos seus objectivos.
6. O MOV propõe-se projectar as suas actividades e iniciativas no espaço público da cidadania, incluindo os meios de comunicação social e, muito especialmente, as novas tecnologias de informação.
7. O MOV aceita a adesão individual e voluntária de cidadãs e cidadãos que concordem com os seus objectivos e princípios.
8. O MOV organiza-se em rede através de núcleos encabeçados por coordenadores. Os grupos de trabalho, ou núcleos, são constituídos por cidadãs e cidadãos que voluntariamente os constituam tendo em vista a participação e a promoção de iniciativas que se enquadrem nos objectivos do movimento.
9. As actividades de coordenação do MOV são desenvolvidas por uma Comissão Coordenadora constituída voluntariamente por membros do movimento.
10. O MOV defende a total transparência do hipotético financiamento das suas actividades como garantia de independência e integridade
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